quinta-feira, 31 de outubro de 2013

"A Construção do Olhar"




Para cada página um espirro, para cada parágrafo o desejo de um grifo e em cada texto diversas citações. "O ser humano é por natureza criativo" (p. 167) e se estou certa disso me deleito em construções. Em todo despertador para acordar, por todo conceito para entender, em cada diálogo que me deixo falar, percebo que não me dissocio do ato de OLHAR.

Percepção é palavra de ordem para o exercício da Criação e quando acho que não estou pensando, fico inventando através das palavras uma forma de dizer que nos meus devaneios, entre saias, colares, bolsas e sapatos existe o exercício do ato de escrever sem usar a língua falada e quando vou sair, saio vestida de mim.

Não digo que as minhas motivações são mágicas, nem que o meu vocabulário vestuário é vasto, mas admito que tenho me virado pra tentar expressar de várias formas que não só de linguagem nova vive a comunicação. A saia não foi comprada em loja, a blusa foi aquisição de 2006, mas pra ser sincera com vocês no meu Olhar, é fashion sair adornada de histórias. Buscar o próprio estilo é tarefa sem fim e pra tudo o que gosto de vestir, na etiqueta leio o advérbio "sim".









"Em qualquer língua, é preciso recorrer a imagens do espaço a fim de tomar conhecimento de algo e comunicá-lo a outros".
(O Olhar, Adauto Novaes... [et al.], p. 173-174)

Blusa: Lavita
Saia: feita pela Mamis
Bolsa: Senhoritta
Colar: presente de uma amiga
Brincos: Dona Moça
Sandália: Vizzano
Batom: Nude da Eudora
Livro: NOVAES, Adauto... [et. al.]. - São Paulo: Companhia das Letras, 1988.

Bjokas de um dia produtivo!

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Plural

Álbum Plural, BMG, 1990.

Quanto mais eu vivo e quanto mais escrevo, mais tenho a sensação de que vou afirmando a minha identidade... para alguns esse "dar-se conta" pode nem ser novidade, mas para mim tem um sabor de deslocamento no meu próprio tempo, histórias, memórias. A chance de recriar várias das minhas realidades hoje (através do blog) tem gerado um saudosismo saudável aqui nesse coração que "é só de carne, não tem cimento, não".

E se quando a gente procura perguntar, a resposta sempre vem, neste último final de semana eu perguntei pra minha Mãe por onde andavam os discos de vinil que musicaram boa parte das minhas lembranças de infância e pra minha sorte, eles estavam a salvo - com algumas marcas de expressão causados pela idade e mais bonitos do que antes "para nossa alegria".

A cena não foi fotografada e no entanto, parecia tão fotografável. Éramos duas Helenas sentadas em frente ao "quartinho de memórias" da Casa da minha Vó, tirando os discos das caixas, olhando no verso as faixas e lembrando dos tantos momentos em que a música serviu para congelar tantas partes do nosso passado que de um jeito singular nos trouxe sentimentos plurais demais pra deixar pra lá.









"... como fazer de um verso
um objeto sujeito
como passar do presente
para o pretérito perfeito..."
(Toda Poesia, Paulo Leminski, p. 229)

Camisa: comprei num Brechó por R$5,00 reais
Saia de Crochê: feita pela minha Tia-Avó
Bolsa: Senhoritta
Sandália: Liberty
Anéis: nata das antigas, desde 2001 comigo
Mix de Pulseiras: de tantos lugares... Atrevida Bijoux; Vitória Bijoux; Feirinha de Arte de Ilhéus
Brincos: a loja da Conselheiro Franco (Fsa) que não sei o nome, mas vou ficar atenta quando eu entrar numa outra vez. Custou R$2,50 centavos. Muito amor!

Bjokas de um dia meio Gal!

sábado, 26 de outubro de 2013

Totalmente demais




Não importa quantas vezes um grupo de pessoas estejam reunidas para falar sobre coisas que outras vezes já foram ditas por outros, não importa... sempre haverá uma palavra pra somar e mais do que isso, sempre dirão uma frase que te provoca sede de aprender. Sugere-se um gole para ler no primeiro olhar e um copo de atenção para interpretar.

Na construção do que se deseja pra amanhã há tanto o que ser debatido hoje que só de juntar 6 ou mais pessoas num mesmo lugar todos terão algo a falar, risos pra decorar e experiências pra fazer pensar sem que falte o ar. Ah! que coisa boa sentar pra conversar, acrescentar, incentivar, convidar a pensar, elogiar, criticar, compartilhar... 

Tudo em mim comemora. Desde o alívio em me olhar e me ver até o me ver ao lado de pessoas que chegam até mim com a loucura baseada em escritas e leituras e leituras e leituras e leituras semanais que nos esgotam e que nos unem em crises existenciais que apesar de tudo nos levam a pensamentos legais, piadas vez por outra imorais, frutificadas em identidades diversas que tornam todo esse verbo "viver" totalmente demais!








Por um Mestre no Lattes, Amém!  #menosviuPreta #TôAutorizada #PiadaInterna

Porque eu amo o lifestyle dela e me dá vontade de gritar no meio da aula com as saias, as estampas, os turbantes, o conjunto da obra... né, Tamires Lima?

E porque essa Bolsa de peneiras e chita é #tudonavida e eu preciso conhecer a sua amiga que faz!

"Isso de querer
 ser exatamente aquilo
que a gente é
ainda vai
nos levar além"
(Toda Poesia, Paulo Leminski, p. 228)

Camisa floral: aquela que comprei num brechó por R$4,00 e que usarei até que o "pra sempre" acabe.
Blusa: sob medida (na costureira da minha Vó)
Short: Hering
Bolsa: Senhoritta
Bracelete: Atrevida
Colar: Haba Bijouterias
Argolas: Trudys
Sandália: Vizzano

Bjokas de uma semana que acabou muito boa!

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Desde mil novecentos e oitenta e sempre




Não ando lá em período de grandes inspirações palavrísticas, mas mantenho firme a promessa que fiz pra mim de manter o blog atualizado... não diariamente, mas devagar e sempre.Minha cabeça anda "cheia de frases alheias" de modo que Leminski já não aguenta mais ser citado, porém o que seria de mim se não fosse o sentimento do outro para traduzir o meu?

Desde "mil novecentos e oitenta e sempre" eu nasci assim e cresci assim, numa oscilação desvairada de alegria e banzo, sensações que por vezes me cansam e que me trazem "frases ditas" por quem nem conheci, mas que de um jeito ou de outro, sabe-se lá como, escreveu pra mim.

"A dança alegórica entre as vogais e as consoantes" me levam a rimar muito mais do que antes, as diferentes motivações das minhas abstrações e vontade de misturar não sei o quê com não sei o que lá no pescoço e nas mãos. Eu chego muitas vezes a sentir que não olho as roupas, são as roupas que me olham e nesse momento acontece um estado declarado de fascinação... sem me importar se vou ser compreendida pelo que sinto ou não.








Livro: A estratégia de estilo de Nina García


Camisa: Renner
Short: Lança Perfume
Lenço: souvenir de Paris
Braceletes: Atrevida Bijoux
Clutch: Senhoritta
Brincos: não lembro de onde foi, só sei que tenho desde 2005 mais ou menos
Batom: Super Damasco da Eudora
Sapatos: Via Mia
As frases entre aspas no texto foram retiradas do livro Toda Poesia de Paulo Leminski

Bjokas de flowers in my hand!

domingo, 20 de outubro de 2013

Só love, só love



Tanto tempo sem perder a noção do tempo junto com minha Mamis no Ateliê Senhoritta, que o coração já passou de apertado para esmagado. Em função das minhas atenções voltadas pro Mestrado nos últimos tempos, a nossa coleção de Verão vai sair com um tantinho de atraso, mas que sai, sai! Enquanto as novidades não chegam todas de um vez, eu tenho colocado no Facebook da marca algumas das lindezas que farão brilhar os nossos dias de céu azul e solzaço e a confusão, o bafafá e a gritaria já está se transformando em encomendas que enchem as criações de alegria nesse nosso segundo Summertime.

Na onda de planejar e escolher as estampas que farão a festa da coleção, entre tantas cores e flores me vi nessa Mochila lisinha, efeito matte num tom tão suave e tímido que na timidez eu vi potencial. É amor, minha gente. Amor de Mãe pra filha. Amor em que uma pensa e a outra realiza, amor de quem me deu a vida e que continua iluminando os projetos meus que se tornam projetos nossos! Brigada por esse presente que tornou tão delicado o meu final de semana, Mommy linda!






Já que neste post eu sou toda amor: eu amo detalhes porque são coisas muito grandes pra esquecer, como canta o King!



"Que grande é este amor meu de criatura
Que vê envelhecer e não envelhece..."
(Vinícius de Moraes)

Blusa: catei no armário da minha tia Anete. Essa blusa é do início dos anos 90, creio eu. #umdiaeudevolvo
Saia: feita pela Mami
Mochila: Senhoritta
Colar: Codisbel
Batom: Tulip da Eudora
Esmalte: Carmen da Risqué
Sandália: Vizzano
Brincos: Dona Moça

Bjokas do look de sexta mandando lembrança!